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terça-feira, 7 de junho de 2011

Comida pronta

Meu aniversário caiu em uma sexta, antes disso em uma quinta, e em uma quarta no ano anterior, e quando eu que já achava que podia prescrever um padrão de acontecimentos futuros tudo indica que em 2012 a coisa vai empurrada para um domingo, logo ali do lado do Faustão e tudo mais.

Esses dias eu estava vendo um filme do Tim Burton, um dos clássicos de infância: Beetlejuice, que curiosamente é de 1988, e as coisas só começam a fazer um certo sentido muito tempo depois, afinal de contas o filme tem a minha idade, e a Winona que era mocinha hoje está olhando para a fronteira das 40 primaveras.

Hoje andei bastante, casaco na mão preparado para um frio que não estava lá, eu gosto de acreditar que sou um bicho auto-contido como esses cachorros que correm pela calçada com a própria guia pendendo por entre os dentes, mas aí a mochila começa a pesar, e a gente deseja mais um par de mãos pra aliviar certas pressões, um ombro orfão que nos suporte quando os cadarços insistem em mergulhar nas piscinas de pombas, e aí o cachorro não é mais aquela Brastemp, e as nossas fantasias matinais se rendem quando o relógio e o estômago confirmam a hora do almoço.

Mas quando se chega em casa e tem comida pronta, não tem como não abrir um sorriso.